segunda-feira, 1 de junho de 2009

Essa que eu hei de amar…


Essa que eu hei de amar perdidamente um diaserá tão loura,
e clara, e vagarosa, e bela,que eu pensarei que é o sol que vem,
pela janela,trazer luz e calor a essa alma escura e fria.
E quando ela passar, tudo o que eu não sentiada vida há de acordar no coração, que vela…
E ela irá como o sol, e eu irei atrás delacomo sombra feliz…
— Tudo isso eu me dizia,quando alguém me chamou.
Olhei: um vulto louro,e claro, e vagaroso,
e belo, na luz de ourodo poente, me dizia adeus, como um sol triste…
E falou-me de longe: "Eu passei a teu lado,
mas ias tão perdido em teu sonho dourado,
meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!"


Guilherme de Almeida

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